quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ciênte.

Papeis incontáveis espalhados pelo quarto, grudados nas quatro paredes, um em especial a frente dos meus olhos ao deitar. Imagens incontáveis, uma em especial na parede da frente, acima da televisão. Se fechar a porta é capaz de não caber tantos pensamentos soltos.. grudado no teto, em cima da cama, do guarda-roupa. Sons que podem passar o tempo que for, não sairá dos meus ouvidos. Imaginações que tomam todo o espaço que restou entre papeis, imagens e pensamentos. Sofrimento e dor já se embolaram, lágrimas tentam separar mas a alma ferida não deixa. A luz em vez de ajudar, tá começando a cegar. As mãos em vez de me puxar, estão se soltando. Olho pra frente e vejo um rosto sem sorriso, um olhar sem brilho, é só um espelho!
A diferença entre remédios e venenos, é só a dose, to quase apelando.
O pior sentimento desde a descoberta do coração, ou do sentido da palavra amor, a qual eu já não escuto a dias.. Amor!
Ouvir teu silêncio não tá agradável, mas a sensação de impotência diante disso consegue ser pior.
O barulho da porta ao fechar é desconfortável, apalpar meu lado esquerdo e não te sentir. Quero tudo de volta, quero meus sentidos, meu brilho e meu sorriso, quero o seu sorriso, quero o seu brilho, quero o que eu mais dependo nessa vida. Mas, como sempre o mas! Meu medo me irrita, sua coragem me fascina. Minha alma clama teu nome, minha boca sente cede de você, meu olhar quer enxergar em você o que já não se transparece mas em mim. Não volta, eu sei. Mas nada me impede de imaginar, como sempre fiz e sempre farei mesmo com o consciênte ciênte. Talvez eu queira achar em outros braços o amor que só você pode dar. E sem sucesso eu sigo, baseando-me nas suas teorias e conceitos, já que as minhas foram pro lixo a vinte meses. Dor e amor são sentimentos.

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