sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Véspera da véspera de natal. Hoje era dia de chegar em casa com o porta-malas carregado de sacolas, me chamar pra ajudar a carregar porque sempre foi assim, deixar todas as compras no meio da cozinha e ouvir a vó reclamando que comprou coisa demais, e mais tarde, lá vinha a leitoa de praxe. Mesmo que depois do natal, metade dela ainda ficasse intacta, a leitoa de tradição jamais faltara a mesa. E hoje, não chegou nenhum carro carregado, nem compras demais, nem vó reclamando. Pelo segundo ano a gente segue sem você, se natal já não era muito bom, agora então... Falta você, no grande natal em família, que sempre acabava em alguma confusão, faltam suas risadas, as mesmas piadas, falta você vô, falta você.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Carta 03

Já parou pra pensar no quanto as pessoas pensam? No lugar que estou agora, o tanto de pessoas que devem estar pensando em coisas completamente distintas... E no tanto de vidas que existem além das nossas, gente procurando vaga pra estacionar seus carros, gente esperando por outras, outros comendo, bebendo, comendo e bebendo, somente passando o tempo, engolindo a comida por estar atrasado, pensando em como resolver tal assunto, nos filhos, no relacionamento, nos afazeres, nos outros, na demora, em sexo, no clima frio, no fim do ano, na mãe, nas compras, no banco, prestando atenção no que a outra fala, em alguma história, em como conquista-la, em como conquista-lo, na novela, no noticiário, no cabelo, no cigarro, na música, em sonhos, em nada... São bilhões de pensamentos em um só lugar.

23.11.11

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Geleia

Assim como o gelo no fogo, o quente na brisa e a lágrima que cai, os sonhos, desejos, paixões e romances se desmancham, e num processo lento e talvez um pouco doloroso as coisas seguem, de uma maneira melhor ou nem tanto. A respiração de quem um dia foi sua alma interior, vira indiferença aos sonhos de quem se desmanchou e cinzas virou. Uns chamam de acaso, dor, destino ou sobrevivência, ou só a lei da vida. Gosta, trás pra dentro do peito, uma brisa congelante bate e tudo cristaliza, passa por cima, diz que a ama, empurra mais pra dentro do peito, o tempo passa e as coisas se modificam, vão escorrendo e saem do seu peito, dói. E o ciclo começa de novo, até que passa a se acostumar a pegar o que escorre e empurrar pra dentro do peito e parar de se importar se desmancha ou se fixa, e quando menos perceber, ele vai virar pedra e nunca mais vai sair do seu peito, é assim que eu especifico o amor, uma geleia que escorre e quanto mais você se importa, mais ela sai do seu peito.

domingo, 30 de outubro de 2011

Algumas palavras clichês


Quando eu achei que minha terra firme ia desabar a qualquer segundo, igual aos desenhos animados, eu sai segurando no braço de cada um, é mais ou menos perto do ombro, e de algumas pessoas tinha um certo óleo onde minha mão ia escorregando, escorregando até soltar, uns ainda tentaram me resgatar, seguraram pelo mindinho, tentaram puxar pelo pé, outros deixam escorregar e de vezenquando procuram saber se estou viva.
Vocês dois, particularmente, com a outra mão livre, me seguraram não deixarando que o óleo me fizesse cair. Foram minhas pernas, meus braços, meu cérebro, quando recentemente mais precisei. Tenho certeza que se não fosse pela amizade, companheirismo, ouvido, amor e paciência dos dois em especial, a minha vida hoje, não estaria como está. Fraternidade é mais que tipo sanguíneo, isso eu tive certeza, a lealdade de vocês dois é algo extraordinariamente admirável. Se há pessoas nessa minha estrada que eu quero tempo integral comigo, já sabem ?
Me fogem palavras ao tentar agradecer por tudo o que fizeram, fazem e tenho certeza que estariam dispostos a fazer pra ver não só a minha, como a felicidade de todos os que amam. Difícil falar sem repetir as palavras tão clichês de hoje, mas entendam o quão importantes são. Me liguem a hora que for, pro que for, entre falar de amor, chorar de dor até somente ter uma companhia pra ver o sol nascer, porque tens liberdade pra isso, assim como me deram a mesma. E posso encerrar dizendo uma coisa bem Luana? Eu amo vocês pra caralho.

Winnie Ketlen e Jefferson (com dois ff) Santos

quarta-feira, 5 de outubro de 2011


É bom olhar a janela e ver gotículas da chuva escorrendo, formando linhas de água, de repente surde a vontade de pular, correr, atravessar o vidro, entrar na gotícula e escorrer até parar na sua janela, aquela com cortinha roxa decorada com borboletas. Permanecer lá, sem secar, te observando e cuidando de todos os teus passos, viver intacta ali, só pelo simples fato de estar perto de quem tem aquele cheiro que ficou impregnado nos meus travesseiros desde a última vez que entrou pela porta da minha casa. Estranhamente gostar da ideia de me transformar em água pra me agarrar à um vidro, estranhamente gostar da ideia gostosa de te querer todos os dias sem hesitar em demonstrar calor, assim como a lua não hesita em demostrar tua natural beleza. Ponte de nós duas, brilho elegante de todas as noite, gotas de transformações, eu te quero dia após dia, lua após lua, eu após você.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

Pobres.

Fingir que um dia fomos o que ninguém separaria já foi uma opção, até que o destino veio com uma baldada fria e sórdida.
Bate aqueles momentos de desespero que maioria vira incrivelmente nada, se desespero arrumasse os problemas das trilhas, imagine só o tanto de psicopata que existiriam na Terra.
Onde tudo, não, espera, falam muito de tudo, pra sempre, nunca, jamais e nada. O que significam essas coisas? "Jamais terei tudo, e nunca terei nada, assim pra sempre será." Vocês falam demais..


E eu que só ando querendo o calor dos braços de quem desejo e a volta do que um dia foi bom, e vocês querendo tudo pra sempre, pobres.

terça-feira, 29 de março de 2011

Amizade eu chamo de você.

E aí quando você tenta descrever uma pessoa e... Faltam palavras. Agradeci ontem, agradeço hoje e todos os dias que vierem por fazer o que faz por mim, e por ser quem é. Entender um olhar, gesto, sinal, saber sem perguntar tudo o que se passa na minha mente, conseguir decifrar cada nota do meu coração. Seu colinho de proteção, seu olhar de preocupação, seu jeito "foda-se". Essa sintonia filha da puta que nos rodeia em? Tamanha paciência, meus olhos externos, manda na minha vida fácil. Não sei mais viver sem você. Única, minha e linda. Eu te amo cara.

Joga um olhar no passado.

De repente, joga um olhar de relance e acha no passado o que sempre escondeu no presente, enxerga felicidade, vê saudade e sente prazer... Prazer em ter valido a pena, saudade em saber que não volta, felicidade em pensar em cada sorriso. Hoje, o mundo gira, ontem ele fez a mesma rota e você continuou no mesmo lugar. Tem horas do dia que a paciência estoura e você explode. Tentar melhorar e não obter sucesso é um tanto quanto desistimulador. Deduzir que a intensidade de tudo, está só dentro de você... Vontade de seguir em frente, desejo de gostar de verdade, luto pra conseguir lutar. Não tenho ideia do que será, mas te dou minha palavra, foi inédito.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Uma tábua reta, massissa, boa de furar, cheio de pregos pra cima e pra baixo, pegue o martelo e tente tirar os pregos que estão com a cabeça pra cima, depois vire a tábua e tire o que restou. Os furos ficarão, a madeira é boa e massissa, mas não vai se recostituir. Cuidado com os pregos que finca, sua madeira pode não ser tão boa assim.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011


De todas as flores mais belas, dos aromas mais exóticos e das cores mais diversas, eu escolhi a com 7 espinhos, contados. Senti o perfume das mesmas, analisei todos os tons, contei todos os espinhos.. E mesmo assim escolhi a de 7, e desses 7, arranquei 3.
Nunca fui muito fã de números ímpares, porque sempre fica um de fora. Mas me apeguei ao 7 há um tempo.
Dos 4 que ficaram, 2 ainda furam meu dedo diariamente, estou tentando entortar a ponta deles, todo dia dou uma martelada, mas o espinho passou a furar o martelo, destruindo.
Não volto ao jardim tão cedo, estou com imunidade baixa para aromas, tons e escolhas, vou permanecer onde estou, esperando o espinho amolecer..

sábado, 29 de janeiro de 2011

Falem menos!




Muita gente pra pouco caso. Muitas bocas pra dois ouvidos. Muitas palavras pra uma decisão. Muita pressão.
Aprendizagem é uma coisa básica em todo lugar, vou aprender a ficar calada mais vezes, a esconder olhares, tampar ouvidos. São só dois lados, o que sente e o que não sente. O que não sente fala, o que sente ouve, muita gente não sente, logo, muita gente fala... Fala e no final ainda joga um "eu te avisei". Avisou, mas agora, vai mudar alguma coisa? Claro que vai, seu sentimento de poder em dizer que avisou é único e tão tentador que não consegue segurar dentro da boca. Fala quem quer, escuta quem quer, quits.
Eu tenho um coração e um controle externo, é tudo o que eu preciso, entendam, é TUDO o que eu preciso. Gente pra falar tem até, quero ver nego segurar a onda quando nada mais existir. Falar é facílimo, já diziam todos.
Só peço-lhes uma coisa: Pensem em quem vive antes de falar a vivência e mandar fazer o que dê na cabeça.
Tire suas próprias conclusões, ache, reclame, deseje, avise, mas longe dos meus ouvidos, quem eu tenho que ouvir, eu ouço!