segunda-feira, 9 de abril de 2012

Inquietude.


Aquele breve, ou não tão breve momento de inquietude.
Eu aprendi a ser a vida de alguém e fazer o outro ser a minha vida, e com isso me tornei parte do que não vive em mim, e sim no outro. Aprendi e aprendo até hoje a cuidar de todos os detalhes que existem na minha vida, que não sou mais eu, a regar todos os dias as flores de um jardim que não respira meu ar, com isso aprendi que é essencial ouvir e saber o que dizer quando as coisas não vão bem porque acalma e conforta a alma de quem não anda nos melhores sorrisos.
Hoje, eu coloco em prática, ouço e digo, vejo e brigo, quero e tento conseguir a todo custo, mas esse custo tá me dando trabalho dessa vez, não imaginei que seria assim.
Hoje, eu cuido e dou carinho, rego todas as plantas do jardim e tento ao meu máximo deixa-las floridas, coloridas e vivas... Eu tento te dizer todas as noites que isso tá prestes a acabar, talvez não adiante muito como percebemos na noite de hoje, todas as palavras já se repetiram ontem e hoje, hoje elas não tem mais força nem efeito. Desculpe-me as rosas, aos cuidados desleixados e aos sorrisos perdidos, mas acho que me perdi nesse vendaval de águas, e junto com as suas lágrimas se foram todas as minhas palavras, hoje só tenho meu ouvido e flores sem cores a te oferecer.