domingo, 30 de maio de 2010

Meu, eu!

Me mordo. Levanto e olho-me nos espelhos que me rodeiam, vejo apenas cinzas. Talvez alguém que tenha coração mas agora ele insiste em desaparecer, pode diminuir o ardor! O que pensa é o mesmo que condena, o que pulsa é o mesmo que cumpre a pena! Todos apontam pra uma direção, mas apenas duas setas mostram outro caminho, é pra lá que eu sigo. Vai ter uma parede e nela, dois buracos, a famosa bifurcação, opção, que me tortura desde sempre, terei que fazer escolhas e elas não serão somente a mim voltadas. Eu volto a me olhar no espelho, fixamente em meus próprios olhos falo o que quero, eu tento, não sei, nunca soube realmente o que quero. No ponto, ou na virgula vai sempre ter um risco e esse risco fere. Deixa marca e dor, o tempo engana, e prolonga a cicatrização, o corte fundo tira o veneno de vez, mas doi o triplo, experimente! Meus proprios olhos podem me mostrar tamanha confusão, indecisão, frustração! Tenho que tomar decisões e junto a elas, carregar consequências, talvez não seja forte o bastante e não tenha química capaz de suportar o que vem pela frente. Amor é forte, mas não é imbativel, não, não é! Vou me olhar no espelho novamente e sentir tudo de novo durante toda a minha vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário