domingo, 12 de setembro de 2010

Gira-sol.


Ontem eu pude te sentir perto de mim, de novo. Hoje eu não sei se volta pra casa, ou se eu vou jantar sozinha, mas a porta ficará sempre aberta, idependente da volta ou não. O caminho ao qual você já sabe bem trilhar, as pedras estão baixas e prontas para passagem, o jardim florido, esperando alguém entrar. Se não forem seus pés triscando o chão ao qual minha alma lhe tem, não serão os gira-sois no canto do jardim que lhe farão aparecer. Se sua força de vontade não te da o prazer de domina-la, não é meu amor que irá fazer o mesmo. Eu só dependo de você, e você só depende de mim, até a página dois. Da mesma em diante, o livro é você quem dita e eu quem escrevo. Quando sua voz falha e minhas mãos começam a tremer, é sinal de uma pausa para descanço. Descanço, talvez interminável. O livro pode acabar com duas páginas e meia, ou com 2018 folhas. Só precisamos de voz e pulso firme, então volta pra casa que o jardim ainda tem gira-sois. Seu prato tá na mesa e o Joaquim no berço.

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