terça-feira, 27 de julho de 2010
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"Ah, fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, noites afora, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suicídios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não consegurás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dele, em algum cheiro estranho o cheiro preciso dele (...)" Caio Fernando Abreu.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Se não vier, te amarei do mesmo jeito.
Pelo que vejo, sinto e ouço, você era tudo e mais um pouco. Borrões em esboços, manchas no branco leite, morte na vida eterna, lámina no laço nascido. Talvez tudo tenha sentido, as aspas sumam, a vida lhe traga alguma razão para continuar com o peito do pé firme e fincado no chão, ou talvez nada passe de ilusão. Seu brilho pode sumir em 2 segundos, mas o forte do brilho não é o que trasparece ser. Talvez o que você viva possa te trazer conforto e prazer enquanto outros desejam morrer. Pensar não faz mal, caro colega. Enquanto houver um sol raiando, haverá luz nascendo e você deve continuar. Com ou sem o que quer, com ou sem o que lhe é permitido ter, com ou sem minha vida. Seus passos não dependem dela, os dela dependem dos seus. Em cada ponto franco tem um sentimento perdido, uma luz mal apagada, uma promessa mal cumprida. Coerência é sempre necessária, mas nem sempre obrigatória. Não deixe, não fume, se prese. Faça amor, sinta prazer. Que eu ficarei aqui, do outro lado da fronteira, do outro lado do muro, do outro lado da vida, sentada e com a calma que seu amor me trás. E se não chegar, morrerei com esse amor em mim, e com seu nome em primeiro lugar, cravado aos anos da minha idade. E sem culpa nenhuma, pois vivi do brilho que não transpareceu, da alegria que me deu, da felicidade que me permitiu sentir, dos atos que me restringiu, da esperança que não me fez desistir. Se não vier, ou se vier, importa, mas não tanto quanto a felicidade que me faz sentir todos os dias!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
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Essa ferida ainda aberta, ninguém acha erva ou folhas medicinais pra cura-la. Antibióticos ou vacina que seja. Só existe um fator que é inevitável e imutável, tempo! Só ele cura.. É o que dizem. Já se foram nove meses, tempo rasoável, mas a ferida nem casca criou, tá aberta e sangrando. Contentar-me em vê-lo em sonhos, em não ter notícia alguma, em não saber onde está, como está e com quem andas. Fotos que me remetem ao o último olhar e as palavras que eu deixei de falar, queria tanto poder voltar.. Falaria tudo e o abraçaria tão forte. Não canso de dizer que foi meu maior herói, meu vencedor e lutador. Espero de alma e coração que esteja me acompanhando por onde for, e me acalmando como sempre fez, eu sinto muito a tua falta, não tem noção do quanto meu velho.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Dois dois, no final era só um.
Suas palavras, teu jeito e teu carisma. Isso só é alcançável depois de um estágio avançado do sentimento forte. Usa uma máscara daquelas fortes que cobrem todo o rosto sem deixar uma brexa se quer. Querer, um querer forte pra não desistir de ver o que tem por trás de todo esse ferro feio, dessa armadura. É tanta proteção que assusta quem vem de longe, só você não reconhece que com isso, tenta se proteger e passa a entender que não quer se afundar em estados que já fizeram você se ralar no chão. Insistência vira chatice! Ela quer arrancar tudo aquilo, prefere um contato carnal. Já ele.. Ele se esconde e diz que não quer nada, tá bem assim. Seu medo é tanto que se cobre pelo mesmo. As palavras bonitas demoram a sair, o jeito demora a aparecer, mas o carisma.. Ela sentiu no primeiro som que soou dos teus lábios tremidos. Um buraco que seja, uma folha de papel e uma caneta, escritas e um mundo sem realismo.. Realismo? Ele sentiu na pele o significado. Foram dias e dias, noites e madrugadas.. Pra achar o que só ele entende e o que só ela explica. Ele sente e ela retribui. Ele já não tem mais ferros nem armaduras, ela.. Quem é ela? De onde surgiu? Por que tamanho esforço? Talvez ela nem exista.. Pura imaginação! Ainda existe medo e armadura.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Irmão, eu amo você!
01 de Julho de 1989. Você chegou pra fazer história, mudar a vida da Cris e do papai, dai eu fiquei com inveja, e com ciúme, você tinha o papai só pra você, dai sete anos depois eu resolvi vim te fazer companhia no mundo! Até hoje eu tenho a primeira carta que você fez pra mim, com giz de cera escrito: Bem-vinda Lulu! Victor. Fomos crescendo e enfrentando toda a nossa dificuldade paterna, juntos. Eu tinha medo, e você me abraçava e dizia que estava lá.. Isso já me acalmou tantas vezes. Sempre foi exemplo pro papai, tanto é que nas minhas conversas com ele, sempre dizia: Quero que seja como o Victor, inteligente. Meu gordo, cabeça de bágre e todos os apelidos carinhosos.. Hoje, é o único irmão presente na minha vida, e a ti eu desejo as melhores coisas desse mundo, a maior parcela de felicidade existente, saúde e o resto você consegue! Obrigada por todas as guerras de almofadas, por todas as vezes que você derrubava as coisas e colocava a culpa em mim, por todas as vezes que me derrubava na cama e me enchia de cocegas, por todas as vezes que me abraçou e cuidou de mim.. Obrigada por existir, e feliz dia, meu irmãozinho.
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